Superdotados
Superdotado
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O termo superdotado/sobredotado/alto habilidoso faz referência a uma pessoa que possui capacidade mental significativamente acima da média. Como um talento, a alta habilidade / superdotação intelectual é a aptidão inata para atividades intelectuais que não podem ser adquiridos através de esforço pessoal. Pela estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) no Brasil de 3,5% até 5% das pessoas são superdotadas.
A alta habilidade ou superdotação pode ser geral ou específica. Por exemplo, uma pessoa bem dotada intelectualmente poderia ter um talento impressionante para a matemática, mas não as competências linguísticas igualmente fortes. Quando combinado com um desafio curricular adequado e as diligências necessárias para adquirir e executar muitas habilidades aprendidas, a alta habilidade muitas vezes produz sucesso acadêmico excepcional.
Inteligência
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Identificação
O teste de Q.I. (quociente de inteligência), foi feito para medir a inteligência, mas não é exato e não pode avaliar todas as áreas de alto desempenho a pessoa tem, por isso não é adequada a avaliação de superdotação apenas com o teste, que é uma medida consagrada. Pelo teste WAIS que é o mais utilizado, se considera superdotado o indivíduo que apresente um resultado a partir de 130 de QI, com desvio padrão de 15 pontos, isso seria os 2% mais elevados. Várias ideias sobre a definição estão em desenvolvimento e melhores maneiras de identificar superdotação intelectual têm sido formuladas.
A principal motivação dos estudos é o reconhecimento precoce do potencial da pessoa a fim de que sejam proporcionados condições adequadas para o seu desenvolvimento. Para tanto os educadores podem, além da observação direta do comportamento e desempenho, fazer uso de escalas de características (método desenvolvido pelos pesquisadores Renzulli, Smith, White, Callahan, Hartman e Westberg onde o professor avalia a frequência com que aspectos relacionados à aprendizagem, criatividade e motivação são registrados no cotidiano dos alunos), questionários, entrevistas, ou conversas (profundas, prolongadas) com a própria pessoa, com a família, com os professores e testes, desde que usados mais como metáforas da vida real do que em busca de resultados numéricos absolutos.
Altas Habilidades/Superdotação e Medicina
Na medicina considera-se importantes os estudos da estrutura da mielina dos neurônios e de um funcionamento mais otimizado do cérebro como as causas da capacidade superior. A diferença entre um indivíduo normal e um superdotado são as conexões cerebrais complexas e não a quantidade de neurônios como alguns pensam.
Altas Habilidades/Superdotação e Sociologia
Quanto à sociologia, existem efeitos diferentes. Em alguns casos eles são acolhidos pela inteligência superior pelos grupos mais esclarecidos. Em outros, ele é rejeitado por motivos como falta de interesses partilhados, inveja, ciúme, etc..
Altas Habilidades/Superdotação e Psicologia
Às vezes a alta habilidade não é reconhecida na infância e as crianças alto habilidosas são por vezes diagnosticadas como tendo transtorno afetivo bipolar, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, transtorno desafiador e de oposição, depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, ou outros problemas.
As Principais características dos superdotados:
- Criatividade
- Curiosidade
- Boa memória
- Obstinação
- Fácil aprendizagem
- Iniciativa
- Impaciência
- Inconformismo
- Vocação para liderança
- Senso de humor
- Egocentrismo
- Elevado senso crítico
- Independência e autonomia
- Alto desempenho em determinadas áreas
- Amplo conhecimento geral
- Difícil sociabilização por falta de interesses em comum.
Altas Habilidades/Superdotação e Pedagogia
A própria Constituição Brasileira indica que todos os cidadãos devem receber educação adequada para atingir o seu potencial.
Em resolução do Conselho Nacional de Educação observamos: As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes comuns: (..) IX – atividades que favoreçam, ao aluno que apresente altas habilidades/superdotação, o aprofundamento e enriquecimento de aspectos curriculares, mediante desafios suplementares nas classes comuns, em sala de recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de ensino, inclusive para conclusão, em menor tempo, da série ou etapa escolar, nos termos do Artigo 24, V, “c”, da Lei 9.394/96.
“ | Diferentemente da maioria dos países do mundo, as altas habilidades no Brasil são predominantemente ignoradas, quando se trata da prática educacional. Órgãos encarregados do estabelecimento das diretrizes de Educação e Saúde têm como hábito incluí-la, quando deliberam sobre Educação Especial. Como nos casos das deficiências, a superdotação deve ser avaliada, oferecendo-se ao indivíduo condições educacionais adequadas ao seu potencial. Na prática, não é o que acontece, salvo em casos isolados muito raros. Num país pleno de carências, não se considera relevante o atendimento diferenciado a quem já foi privilegiado com um dom especial. Os superdotados estão escondidos nas salas de aula comuns, como se seus talentos fossem invisíveis.2 | ” |
Um estudo brasileiro em 2002 concluiu que a maioria dos professores do Brasil só possuem conhecimentos superficiais sobre superdotação, não sabem identificá-los corretamente, não sabem atender suas necessidades e não tem os recursos para estimular o desenvolvimento de suas habilidades.3 Um psicólogo escolar pode ajudar nessas questões.
Apesar de o número de alunos superdotados registrados pelo Ministério da Educação (MEC) ter quintuplicado em cinco anos (2005 - 2010)4 , passando de cerca de mil para 5,6 mil (0,01%), apenas uma pequena parcela da população com esse potencial tem acesso ao atendimento especial, garantido por lei. A Organização Mundial da Saúde estima que entre 1,5 milhão e 2,5 milhões de alunos no País tenham altas habilidades em pelo menos alguma área do conhecimento, e aproximadamente 8 milhões de pessoas no total.
Estratégias de ensino
Para atender as necessidades especiais de educação dos superdotados existem duas abordagens de ensino.
O enriquecimento curricular é o oferecimento à criança experiências de aprendizagem diversas das que o currículo regular normalmente apresenta (ver: Aprendizagem personalizada). Isso é feito através de atividades extraclasse onde são apresentados conteúdos mais abrangentes e/ou mais profundos e são desenvolvidas atividades pedagógicas para criar um ambiente de aprendizagem desafiador para este aluno, despertando o seu interesse e para ajustar os níveis de aprendizagem requerida de acordo com as habilidades dos alunos. Pode ocorrer através de classes, monitorias ou tutorias individuais.
As classes de aceleração permitem ao aluno pular etapas da formação regulamentar. Existem diferentes estratégias para atingir este objetivo.5
- Entrada mais cedo na fase seguinte do processo educativo (desde a educação infantil)
- Pular séries e/ou graus escolares
- Aceleração por disciplina (frequentar disciplinas mais adiantadas dos anos seguintes)
- Formação de classes mistas (onde os mais novos possam trabalhar com os mais velhos, e mais avançados)
- Estudos paralelos (frequentar o Ensino Fundamental ao mesmo tempo que o Ensino Médio,etc)
- Estudos compactados (quando o currículo normal é completado em metade ou terça parte do tempo previsto)
- Ingresso antecipado no Ensino Superior
No entanto no Brasil apenas 1 a cada 1000 superdotados tem acesso a esses benefícios.
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